
Uma manifestação, na manhã desta quinta-feira (14/03), tomou conta da Avenida Porto Seguro, no centro de Eunápolis, para marcar o primeiro ano do assassinato brutal da vereadora carioca Marielle Franco (PSOL) e seu motorista, Anderson Gomes. O grupo se concentrou no Posto Nossa Senhora d’Ajuda de onde seguiu pela principal artéria comercial da cidade em direção à Praça da Bandeira, levando placas e faixas com o nome da parlamentar para lembrar sua luta e seu legado.
A ação foi organizada pelas mulheres do MST do Extremo Sul da Bahia e contou com a participação de vários diretórios regionais do PSOL [partido de Marielle], PCO, movimentos populares e em defesa dos direitos humanos como o 8M-Porto Seguro, RUA, Levante da Juventude, Flores de Dandara, de estudantes e professores da Universidade do Estado da Bahia e IFBA, além dos movimentos sociais ligados ao campo.

Marielle e seu motorista Anderson Gomes foram assassinados no dia 14 de março de 2018, na cidade do Rio de Janeiro. Tudo indica que a dupla foi vítima de um crime por motivações políticas, mas ainda não há confirmação desse fato. Apenas nesta semana as primeiras respostas foram divulgadas pela Justiça, que identificou os atiradores, mas ainda não se sabe se houve um mandante e qual a motivação do crime.
APURAÇÃO
Uma das organizadoras do ato, a coordenadora da Brigada Elias Gonçalves Meura [grupo que reúne diversos segmentos da luta pela terra], Elinelda Soares destacou a participação feminina no ato. “Somos mulheres dos movimentos sociais do campo e da cidade participando de um ato político em Eunápolis, denunciando a violência contra as mulheres e as práticas fascistas do governo Bolsonaro.”

Além das intervenções nas ruas, algumas manifestantes se pronunciaram contra a violência à mulher. A professora de História da Uneb, Caroline Lima, destacou a ocupação das ruas de Eunápolis como um ato importante que está acontecendo simultaneamente em todo o Brasil, para cobrar a apuração do assassinato da vereadora carioca e seu motorista.
“Hoje o dia no Brasil é dedicado à vereadora. Hoje, demarcamos que não seremos interrompidas. Basta de Feminicídio! Todas somos Marielle”. Anunciou.
No Brasil e em vários países grandes manifestações estão agendadas para lembrar o primeiro ano da morte da vereadora e seu motorista.