Cerca de 20 caminhoneiros autônomos em Eunápolis participaram da sessão ordinária da Câmara de Vereadores desta quinta-feira (29/11) para reivindicar aos parlamentares que intervenham no sentido de destinar uma área, no perímetro urbano, aonde possam ficar estacionados a espera de um faturamento que seja suficiente para pagar as contas e proporcionar alguma qualidade de vida para si e suas famílias.
Há mais de duas décadas utilizando uma área próxima ao trevo do Bairro do Pequi, eles precisaram sair do local quando a área foi requalificada, e agora estão às margens da BR 367, cujo espaço pertence à administração do DNIT por ser área de acostamento da rodovia.
Até ai é possível compreender.
Contudo, quem passa pela BR 367 pode perceber, sem esforço, algumas dezenas de veículos, carros de luxo, tratores, caminhões, etc, estacionados no mesmo local que seria de acostamento, nas duas margens da rodovia.
São tratores de empresas de insumos agrícolas e concessionárias de veículos que jamais, que se tenha notícia, foram “importunados” pelo poder público ou pelo DNIT.
Afinal, a lei deveria ser para todos, mas parece que alguns estão à sombra.
Quem quer tirar o pão de cada dia da boca desses homens poderia levar em consideração o recado do caminhoneiro Arnaldo Santigo dos Santos que diz “nós somos pessoas com mais de 50 anos de idade, estamos fora do mercado de trabalho, e só sabemos trabalhar com o transporte de mercadorias e fretes.”
Por que tratores e automóveis podem e os caminhoneiros não podem? Mistérios de Dona Milu.