FIM DA FARSA: os médicos ‘cloroquiners’ que perderam as eleições

Featured Notícias
Raíssa Soares: estratégia é colar em Bolsonaro – Foto: Divulgação

Eles ganharam popularidade em um dos momentos mais críticos da pandemia da covid-19 por defender o uso de medicamentos ineficazes para o tratamento da doença. Também deram sustentação ao discurso do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), que, por vezes, atacou a ciência em detrimento à economia do país. Neste ano, pelo menos seis desses profissionais da saúde decidiram se candidatar e concorrer às eleições, mas nenhum conseguiu chegar ao Congresso Nacional.

Nise Yamaguchi – Imagem : Edilson Rodrigues/Agência Senado

A oncologista e imunologista ficou conhecida no meio político durante a CPI da Covid. Ela foi apontada como uma das integrantes do “gabinete paralelo” do governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) e foi indiciada por epidemia com resultado morte. Nestas eleições, tentou ser deputada federal por São Paulo, mas teve apenas 36.690 votos.

Já a médica e ex-secretária de Saúde de Porto Seguro, Raissa ficou conhecida nacionalmente após defender o chamado tratamento precoce contra a covid-19. A baiana também foi alvo de ação civil pública do Ministério Público da Bahia (MP-BA). Na corrida pelo Senado, Raíssa ficou em terceiro lugar, atrás de Otto Alencar e Cacá Leão, com 1.057.085 votos. Raissa também amargou a derrota do marido dela, um pastor que se identifica como Geraldo de Dra. Raissa, do PL, teve apenas 8.501 mil votos, conquistando 0,11% do eleitorado baiano.

Mayra Pinheiro – Imagem: Anderson Riedel/PR

Natural do Ceará, a médica Mayra Pinheiro, conhecida como “capitã cloroquina”, já ocupou um cargo no Ministério da Saúde. Prestou depoimento à CPI da Covid e revelou que, em 2020, foi a responsável por planejar uma visita de uma comitiva de médicos a Manaus para difundir o uso dos medicamentos comprovadamente ineficazes. Nas eleições deste ano, disputou uma vaga na Câmara Federal e conseguiu 71.214 votos.

Roberta Lacerda – Imagem: Reprodução/Youtube

A infectologista se posicionou contra a vacinação e chegou a atribuir casos de câncer à aplicação dos imunizantes. Na disputa por uma vaga na Câmara dos Deputados pelo Rio Grande do Norte, teve 14.407 votos e não se elegeu.

Maria Emília Gadelha – Imagem: Reprodução/Twitter

Maria defende o fim da vacina contra a covid-19 e apostou no tratamento precoce. Foi candidata a deputada federal por São Paulo, mas não teve votos suficientes para ocupar o cargo.

Edimilson Migowski – Imagem: Reprodução/TV Globo

O infectologista Edimilson Migowski ficou conhecido por defender soluções sem eficácia comprovada para a covid-19, como o tratamento precoce à base do antiparasitário nitazoxanida. Candidato a deputado federal no Rio, ele obteve 9.927 votos e não se elegeu. Por BahiaNews

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *