Ser vereador de uma cidade não deve ser nada fácil, principalmente quando esse trai os próprios amigos e no decorrer da disputa, vende a própria alma para ganhar uns míseros votos. Que diferença faz ser mentiroso comum entre “amigos” ou mentiroso público?
Aí vem à posse, mente que vai trabalhar em defesa do povo. Que povo? Nomeia um montão de gente de sua própria família, passa a andar com seguranças e esquece o nome das pessoas.
Ser vereador de uma cidade não deve ser nada fácil, principalmente quando finge desconhecer os problemas graves da cidade em que foi eleito. Ganha uma gabinete refrigerado, enquanto a população queima de raiva e de sede devido ao calor escaldante.
Vereador só não pode ser bonzinho demais; trabalhar para melhorar a saúde pública, para que o prefeito construa casas populares, escolas, creches, criar projetos para gerar emprego e renda, fazer a cidade crescer, fiscalizar o prefeito e cuidar da gestão do erário e outras obrigações de um vereador…
Alguém liga pra reclamar de um problema grave e nada é resolvido. Do outro lado da ligação, um aspone declara que o vereador é alguém com muitas ocupações.
Ocupado em quê? Em reuniões para tratar de assuntos partidários? Fazendo joguinhos na tela de um computador? Fazendo acordos pessoais com empreiteiras? Falando ao celular sobre coisas inúteis com os amigos? Consultando a conta bancária na Internet? Reprimindo funcionários públicos? Censurando quem diz a verdade? Viajando e comendo em restaurante de luxo com a grana do povo? Comprando uma mansão, um “apêzinho” para fugir do bairro pobre que lhe projetou na vida pública?
Falando com a imprensa sobre uma lista de coisas que nunca sairão do papel? Dando risadas dissimuladas, como se todos nós fôssemos, somente um bando de idiotas, que só servimos para votar? Realmente, ser vereador de uma cidade não deve ser nada fácil.
Fácil é ser eleitor, que precisa ter paciência de chinês e sustentar a vida nada fácil de um vereador.