Queda de 37% no repasse do FPM obriga Prefeitura de Belmonte a paralisar atividades por uma semana

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Prefeito Janival Andrade diz que situação crítica tem gerado grande mobilização entre os gestores municipais. Foto| BN Notícias

A queda de 37% na receita do Fundo de Participação dos Municípios no mês de julho, principal receita das prefeituras brasileiras, obrigou o prefeito de Belmonte, no sul da Bahia, a anunciar o fechamento da Prefeitura da sua cidade por uma semana. As atividades da municipalidade deixarão de funcionar a partir da próxima segunda-feira, dia 16, até o dia 20 de julho.

Neste intervalo, o prefeito Janival Andrade Borges disse que vai “buscar reorganizar o pleno funcionamento do município”. Durante o período de recesso funcionarão apenas os serviços essenciais, como saúde, limpeza pública e as emergências.

“A queda de arrecadação acarreta uma grande dificuldade financeira, comprometendo diversos setores do município, inclusive o pagamento dos salários dos servidores públicos. Por isso a gestão precisa fazer cortes e redução nas despesas com custeio e, ao mesmo tempo, manter os serviços púbicos”. Destacou o prefeito da cidade de Belmonte.

REDUÇÃO DO FUNDEB

Para termos uma noção mais clara da situação de Belmonte, além da redução histórica na receita do FPM, que é a principal fonte de renda dos municípios, a queda na receita do FUNDEB, em 2017, gerou um déficit de R$ 4,8 milhões nas despesas com Educação em 2018.

O quadro se agravou ainda mais, como lembra o prefeito, porque neste período houve um aumento das chuvas fortes sobre o município, provocando grandes danos às estradas vicinais e comprometendo toda a infraestrutura urbana de Belmonte, o que levou a prefeitura realizar importantes investimentos emergenciais em manutenção e reparos.

No dia 5 de julho Estado reconheceu o decreto de emergência do município devido às chuvas. Foto | BN Notícias

DÉBITOS DO PASSADO

Em Belmonte, além da queda dos repasses, a administração anterior, disse Janival Borges, deixou o município endividado, cheio de carências e mergulhado em absoluto caos administrativo, além da infraestrutura em péssimas condições.

“Tivemos que fazer um alto investimento na recuperação da iluminação pública, pois recebemos a cidade às escuras. Além disso, foi precisar recuperar prédios escolares e outros imóveis públicos”, lembrou o prefeito.

Outro grande investimento no início de 2017 diz respeito à recuperação das estradas vicinais, a fim de permitir o acesso de moradores e veículos. “Fomos obrigadas a investir muito para a recuperação de máquinas, ônibus e caçambas que nos foram entregues, no início da gestão, em condições precárias.” Frisou o prefeito de Belmonte.

 

 

 

 

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