E a República do ‘ganha-ganha’ se estabelece mais degenerada que a República Burguesa

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E a burguesia, enfim, se concilia com seu filho indesejado: Jair Bolsonaro. Foto: Divulgação

Os primeiros meses do governo Bolsonaro mostram que a tática do governo é a mesma de Trump: THE ART OF THE DEAL. Trata-se de ameaçar primeiro para que o adversário visualize a situação de caos (tendo em vista a aparência de “insano” e imprudente que Trump assume, que “pode fazer qualquer coisa”), e só a partir daí negociar.

O capital financeiro norte-americano e setores do capital brasileiro estão buscando utilizar as contradições inegáveis da sociedade brasileira, evidenciadas ainda mais no processo eleitoral de 2018,  para assim impor sua agenda econômica, as alianças políticas necessárias e seu plano de ajustes neoliberais.

Se um presidente eleito com legitimidade pela ampla maioria da sociedade é um dado impossível para governar, as classes dominantes parecem estar buscando o seguinte caminho: continuar utilizando a polarização como forma de “grande ameaça”.

Com um pé em cada canoa, a burguesia brasileira – embora um professor amigo não goste da expressão burguesia – trabalhou na república pós-golpe de 2016 como uma observadora atenta de dois jogadores de xadrez.

Mas com uma condição: seja quem for que ganhasse tinha que ser com suas condições, com seu programa – nem que para isso tenha sido necessário manipular a eleição com juízes, a grande mídia e, quem sabe, até com um pouco de fraude.

O jogo do “ganha-ganha” da Nova Política e desta República Bolsonarista é uma forma ainda mais degenerada da República Burguesa.

E a burguesia, enfim, se concilia com seu filho indesejado: Jair Bolsonaro. Por Iuri Tonelo e Simone Ishibashi

 

 

 

 

 

 

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