Ramos Filho critica “oposição seletiva” de colega

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Ramos Filho, pré-candidato a prefeito de Eunápolis – Foto: Luciano Pereira

Uma das principais lideranças políticas jovens da atualidade em Eunápolis e região, o vereador e empresário, Ramos Filho (PTC) usou a tribuna da Câmara Municipal, nesta quinta-feira (06/02), para tentar definir o papel da oposição em ano eleitoral tendo em vista, segundo ele, que a função e o papel do Legislativo têm que continuar existindo, de maneira imparcial, “indiferente do lado político que cada vereador atua”.

“É que apesar das disputas eleitorais a cidade continua caminhando e ela precisa acontecer”. Alertou. Ramos garantiu que ele, enquanto vereador e pré-candidato a prefeito de Eunápolis, não fará oposição seletiva, mas sim, fará oposição a tudo que for ruim para a cidade e sua população.

Quem estava no plenário percebeu, claramente, que o vereador se colocou contra ao posicionamento político do colega Jota Batista, que apesar de ser oposição ao atual prefeito, Robério Oliveira, resolveu apoiar a candidatura de Cordélia Torres, que significa, no dizer de Ramos Filho, “a repetição piorada das mazelas do governo atual”.

Como, em seu pronunciamento, Ramos teve o cuidado de não citar o nome do vereador que o antecedeu, Jota Batista, apesar de pleitear à Mesa Diretora, não conseguiu emplacar uma questão de ordem com vistas a um possível “direito de resposta”.

E Ramos Filho continuou lembrando que “oposição competente contribui para se alcançar o objetivo da ação política, que é melhorar a vida da coletividade”. Mas, segundo ele, desde a emancipação de Eunápolis, essa satisfação popular não vem acontecendo, com raros lampejos de exceções.

REPETIR O PASSADO

“Quando se fala das mazelas do município a gente precisa fazer uma retrospectiva desde 1988, quando a cidade foi emancipada. Desde então, com raras exceções, nós moradores passamos pelos mesmos problemas sistemáticos os quais estamos vivendo hoje. Tudo que se diz sobre Robério hoje aconteceu no passado, em outros governos. Mas tem gente que é oposição a Robério, mas é situação a uma condição que já vivemos no passado e que todo mundo acompanhou”.

“Se a gente pegar o mandato de 1997 a 2000 vamos lembrar que tudo isso que está acontecendo agora também ocorreu no passado e eu posso afirmar que foi muito pior, porque no final da gestão de 2000 nós tivemos professores, médicos, funcionários públicos, fornecedores, agentes de saúde e outras categorias sem receber salário. Então a gente precisa ter muito cuidado com aquilo que se diz ser a mudança, mas está querendo apenas repetir o passado”.

FARINHA POUCA

Usando de ironia, o vereador disse que esse posicionamento se constitui como no ditado popular: “farinha pouca, meu pirão primeiro”. E explicou: “ou seja, eu acho que tal candidata tem condição de ser eleita, então eu vou encostar ali agora porque eu não gosto mais desse aqui, mas comecei a gostar dessa”.

O parlamentar condenou a oposição que segue esses parâmetros, sem linha definida e sem coerência e alertou que “políticos que agem negando seus princípios políticos, poderão pagar o preço da incoerência, do descrédito e da falta de projeto para Eunápolis”.

Ramos Filho, que na vida parlamentar esteve dos dois lados, começou como situação e depois da Operação Fraternos, em novembro de 2017, tornou-se oposição ao governo investigado por corrupção, concluiu dizendo que conheceu ambos os ambiente e aprendeu que ser oposição é ser contra a tudo que está errado e que não condiz com a verdade.

Por fim, prometeu atuar de forma coerente até o fim do seu mandato, em dezembro, independente de ser ou não candidato a prefeito. “Oposição oportunista, do tipo farinha pouca meu pirão primeiro, sem critérios e linha política definida perde a credibilidade e acaba agindo contra a cidade e seu povo”. Completou.

A redação do Blog ainda não ouviu o vereador Jota Batista.

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