Professores de três universidades estaduais da Bahia iniciam greve por tempo indeterminado

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Professores da Uneb entram em greve por tempo indeterminado — Foto: Divulgação

Os professores da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) e Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb) iniciaram na manhã desta terça-feira (09/04) uma greve por tempo indeterminado. Diante da suspensão das atividades, os estudantes estão sem aula nos campi das três instituições estaduais.

De acordo com as associações dos docentes das universidades, a paralisação foi aprovada em assembleia, realizada na última semana.

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Os professores da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) não participam do ato, mas estão em estado de greve e podem deflagrar a paralisação ainda nesta semana.

Os professores pedem aumento de investimento nas instituições de ensino, reposição salarial, promoções, entre outros. [Confira abaixo as reivindicações detalhadas]

Após anúncio da greve dos professores, o governo do estado informou que o governador Rui Costa determinou a liberação de R$ 36 milhões para investimento nas quatro universidades estaduais baianas. O anúncio foi feito durante reunião na segunda-feira (08/04), em Salvador, com os reitores das instituições de ensino.

O governo informou ainda que Rui Costa apresentou um levantamento feito pela Secretaria da Administração do Estado (Saeb), que mostra um aumento de 19,35%, nos últimos quatro anos, na folha de pagamento dos servidores dessas instituições e que o estado está no limite da capacidade financeira para remuneração de pessoal, não podendo desrespeitar a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

Docentes pedem aumento de investimento nas instituições de ensino, reposição salarial, promoções, entre outros. Só na Uneb, cerca de 30 mil estudantes estão sem aulas – Foto: Divulgação

Na reunião com os reitores, Rui também anunciou que publicará projeto de lei redistribuindo 68 vagas do quadro do magistério da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), o que pode resultar na promoção de até 151 professores. Entretanto, não há informações sobre possíveis promoções nas demais universidades.

Apesar da greve dos professores, 30% dos serviços estão mantidos nas três universidades, como núcleos de pesquisa, por exemplo. De acordo com a Associação dos Docentes da Uneb (Aduneb), só a Uneb possui cerca 25 mil estudantes presenciais e mais de cinco mil no sistema de ensino à distância. Ainda de acordo com a Aduneb, são 24 campi da Uneb em toda a Bahia que contam com 2.400 professores e 1.500 técnicos.

O campus da Uefs fica em Feira de Santana e a Uesb possui campi nas cidades de Jequié, Itapetinga e Vitória da Conquista.

CONFIRA AS REIVINDICAÇÕES DOS PROFESSORES:

Destinação de, no mínimo, 7% da Receita Líquida de Impostos (RLI) do Estado da Bahia para o orçamento anual das universidades estaduais. Atualmente, esse índice é de aproximadamente 5%, segundo categoria;

Reposição integral da inflação do período de 2015 a 2017, em uma única parcela, com índice igual ou superior ao IPCA;

Reajuste de 5,5% ao ano no salário base dos docentes para garantir a política de recuperação salarial, referente aos anos de 2015, 2016 e 2017;

Cumprimento dos direitos trabalhistas, a exemplo das promoções na carreira, progressões e mudança de regime de trabalho. Atualmente, conforme categoria, só na Uneb, mais de 400 professores possuem seus direitos à promoção negados pelo Estado;

Ampliação e desvinculação de vaga/classe do quadro de cargos de provimento permanente do Magistério Público das Universidades do Estado da Bahia.

 

 

 

 

 

 

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