Urnas no sul da Bahia registram desempenho sofrível da paraquedista Larissa Oliveira

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Larissa Oliveira, com a mãe, Cláudia Oliveira, e funcionários nomeados da prefeitura de Porto Seguro, em campanha – Foto: Divulgação

A possibilidade da candidatura Larissa Oliveira (PSD), filha do atual prefeito de Eunápolis, Robério Oliveira, e da prefeita de Porto Seguro, Cláudia Oliveira, vir a ser, como se concretizou, um tiro no pé, um grande engano e desperdício de financiamento, seja de onde for que tenha vindo o recurso de campanha, já havia sido aventada em junho passado por este blog. Leia http://www.blogdarosemarie.com/2018/06/01/e-agora-jose-governo-definha-enquanto-comeca-a-cair-a-ficha-do-prefeito-de-eunapolis/

No entanto, a repercussão dessa derrota foi considerada como “gigantesca” especialmente levando em conta o desempenho do pai dela em 2014. Só pra refrescar a memória, naquele ano Robério obteve quase 20 mil votos em Eunápolis e 15 mil em Porto Seguro.

Larissa, vítima do efeito das Operações Gêneses e Fraternos, que afastaram os pais dela das duas maiores prefeituras do Extremo Sul da Bahia, obteve pouco mais que a metade disso em cada uma dessas duas cidades. Foram 9.098 mil em Eunápolis e 8.612 mil em Porto Seguro. Perdeu, respetivamente para a resiliente Cordélia Torres (PMB) e para o deputado reeleito, Jânio Natal (Podemos).

Em Eunápolis, a candidata obteve apenas o triplo dos votos de Teteia do Jegue, do PPL (2.700). Um franco atirador que capitalizou os votos de protesto e de escárnio contra os Oliveiras e Cia.

Já em Santa Cruz Cabrália, a moça apenas conseguiu conquistar sete votos a mais que o Cacique Arauã, podendo ser aceito como um empate técnico. Foram 2.249 votos contra 2.242 do segundo.

No entanto, é preciso levar em consideração que, a seu favor, a campanha da herdeira do Palácio do Axé tinha estrutura, volume, condições políticas de voto e grandes caciques da política baiana como apoiadores.

Enfim, nos três municípios em que a família de Larissa tem o controle administrativo, o desempenho da candidata foi muito baixo, gerando uma repercussão negativa do ponto de vista da legitimidade política, comprometendo a capacidade de direção eleitoral e moral do grupo.

Por outro lado, a insistência de Robério, de atirar a própria filha neste lamaçal, emite para todos nós um recado muito claro: Robério Oliveira não tem mais grupo político. O lançamento da sua herdeira nesta barca furada vai além da vaidade e do narcisismo.

É a constatação pura e simples de que ele já caminha sozinho, está sem ninguém, como no poema de Carlos Drumont de Andrade, “E agora, José”?

 

 

 

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